Sobre amar e ser amado

Há uma terrível parte da História da 2ª Guerra Mundial que conta sobre as experiências do médico nazista Menguele, sim, aquele mesmo que teria morrido feliz e bronzeado pelo sol carioca depois de fugir à punição pelos crimes de guerra na Alemanha nazista.

Como eu ia dizendo, há um relato sobre as experiências dele com gêmeos contando sobre 2 irmãos que ele separou ao nascerem. Um dos gêmeos foi deixado com a mãe, e ela teve o “privilégio” de amamentar e cuidar do filhinho. Enquanto isso o outro bebê foi mantido em uma espécie de berço isolado de tudo e de todos. Era alimentado, limpo, medicado. Mas nunca tocado, nem acarinhado com afeto. Tocavam-no apenas para limpá-lo e alimentá-lo.

Em pouco tempo o bebê que era cuidado pela mãe estava se desenvolvendo muito bem, crescendo e ganhando peso. Quanto ao bebê isolado ele definhou, secou  e morreu. Mesmo bem alimentado ele morreu de fome. Porque a maior fome do ser humano é a fome de amor.

Esta narrativa horripilante jamais me saiu da cabeça, desde que a conheci nas aulas de História com meu professor Márcio Guedes, lá pelo fim dos anos 80.
Porque é isso mesmo: a maior fome, a maior necessidade que temos é de amor.

Buscamos o amor desde antes de nascer, e continuamos nesta busca pela vida afora.
Também buscamos a quem amar. Se você é pai ou mãe sabe do que estou falando: um filho é seu coração batendo fora do peito de tanto amor que há… e muitos nascem com esse amor e só são felizes de fato quando o filho chega…

Mas há também os que amam outros seres. Há pessoas com uma capacidade enorme para o amor. E muito há que não revelam a necessidade…Mas uma coisa é fato: temos sede de amar. Eu tenho, você tem.

Pare e pense:
Seus momentos mais felizes não foram outros que não aqueles nos quais você mais amou ou mais foi amado?

Há pessoas que mais amam, mas não sabem receber amor. Eu sei, eu já fui assim. Havia tanto amor em mim, mas receber de outra pessoa me deixava desconfiada. Louvado seja Deus: eu mudei!

Outras só sabem ser amadas, mas não conseguem demonstrar amor. Eu conheço pessoas assim: só querem ter, mas não aprenderam que para ter é preciso dar. 

E muitas só dão o corpo, mas sonegam o coração. Dão o corpo com tanta facilidade porque esperam que isso baste para o amor… Mas o amor precisa do coração, sabe?

Peço a Deus todos os dias que eu possa sempre dizer que amo, e que sempre haja alguém para me dizer “Te amo”…